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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Belo esotérico

Louis Comfort Tiffany. 
Landscape with Figure.
Óleo sobre papel, 22,8 x 17,8 cm. 
Charles Hosmer Morse
Museum of American Art, 
Winter Park, USA. 1870.

De julgamentos ferozes, lamentos
De atos salvacionistas, desalentos
De linguagem contraída, adventos

Da simplicidade, alegria
Da cumplicidade, simpatia
Da hora passada, sintonia

Para pés perdidos
Para olhos incompreendidos
Para corações angustiados

Dois amigos queridos

- Mal informado!
- Eu? Me calo.
- Inverterado!
- Mas como?
- Não fala dos viados!
Louis Comfort Tiffany. Boys fishing.
Óleo sobre tela ,40,6 x 50,8 cm. 1900. 
- Não falo.
- Seu falo!
- Meu falo? Coitado!
- Engraçado?
- Mal interpretado!
- Estou errado?
- Um pouco exaltado.
- Te conheço!
- Mereço!
- Ué! Não é mesmo?
- Te conheço?
- Nenhum pouco.
- Olha só!
- Não dá no mesmo.
- Então desapareço.
- Macho nojento!
- Mal informado!
- Tá pirado?
- Encolerizado.
- Coitado...
- Sabe?
- Que?
- Ao diabo!
- Não se conhece.
- Não me conheço!
- Tô sabendo.
- Vai aprendendo.
- Mas eu to dizendo!
- Descompreendendo.
- Te fortalecendo!
- Só se convencendo.
- Sabe?
- Que?
- Não te reconheço!

Os usos de cultura em A Reprodução

Avaliação final entregue para a disciplina EP 191B (Seminário de pesquisa - cultura, sistemas de ensino e reprodução) em Novembro de 2017. Agradecimentos especiais ao professor responsável pela disciplina, Maurício Érnica, pelo intenso envolvimento na leitura conjunta da obra A Reprodução.

A cultura aparece como um conceito central para a compreensão da teoria sociológica de Bourdieu, tanto na noção de violência simbólica quanto de capital cultural e outros termos igualmente relevantes para a interpretação de sua obra. A Reprodução[1], escrito em coautoria com Jean-Claude Passeron, obra na qual se propõe uma análise e teorização do sistema de ensino francês, será privilegiada aqui. Mais do que propor um verbete sobre o que é cultura para Pierre Bourdieu, nos interessa verificar como o sociólogo constrói sua noção de cultura a partir dos usos sociais da cultura presentes em A Reprodução, acompanhada de outros escritos.
            Os grupos ou classes serão os detentores e produtores de cultura, não de uma cultura unitária, mas de culturas cultivadas em seus respectivos grupos ou classes. Estes, por sua vez, na condição de agentes sociais que incorporaram disposições duráveis ao longo de suas vidas em diferentes campos, disputarão entre si o prestígio social consagrado pelos diferentes capitais simbólicos.
            O sistema de ensino será a instância encarregada de reproduzir a cultura de um grupo ou classe entre outros grupos ou classes (proposição 4.1[2]), seja por aculturação ou endoculturação, como tentativa de uniformizar os interesses dos vários segmentos culturais em disputa para atender um corpo coerente de crenças, valores e ideias. A escola, em sua função de ensino da cultura, transmite apenas o que é digno de ser transmitido: a cultura legítima, nada mais é que a cultura arbitrariamente selecionada e catalogada para servir de artifício de dominação de um grupo ou classe a outros. (prop. 2.2.1 e 2.3.1)
Apenas por esta breve introdução, podemos assegurar que Bourdieu distancia-se de uma noção de cultura prevalente na França entre os séculos 18 e 20: de um universalismo cultural ou da cultura como processo civilizatório[3]. Se nesse período a cultura carrega em si a promessa de progresso de um povo através da instrução de saberes humanos acumulados, para o bearniense a cultura que se propõe universal ou natural à humanidade está imbuída de violência simbólica em seu processo de consolidação (prop. 1.2.1).
A concepção de arbitrário cultural é necessária para denotar o relativismo cultural empregado por Bourdieu às diferenças observadas entre os mais variados grupos dentro do sistema escolar (e mesmo fora dele). Se a ação pedagógica é a imposição de um arbitrário cultural e toda cultura requer a ação pedagógica para ser transmitida, logo toda cultura ocorre sob a forma de uma imposição arbitrária dos interesses objetivos dos grupos ou classes dominantes (prop. 1.2.2 e 1.2.3).
Dizer que existe uma separação entre grupos dominantes e dominados implica numa hierarquização das classes sociais que se fazem mais explícitas nos períodos históricos de industrialização com a hierarquização das posições e funções de trabalho. Nisto a cultura toma outra roupagem, não sendo a cultura escolar comum a todos os grupos justifica-se a noção de arbitrário cultural, cujo aprendizado significa a apropriação de uma cultura fragmentada. Talvez este seja o ponto de maior interesse para explicar porque os estudantes parisienses de classes populares da pesquisa de Bourdieu e Passeron dificilmente serão, apesar de sua boa vontade cultural (prop. 2.1.2.3) evidente pelo alto nível de desempenho no Quadro 2 (Cuadro N.º 2)[4], como os estudantes parisienses de classes superiores.
Enquanto um grupo (dominado) cede às forças simbólicas que legitimam um dado conteúdo escolar como cultura legítima (prop. 3.2.2.1.1 e 3.2.2.1.3), podendo até acreditar que pelas aprovações nas avaliações escolares serem detentores dessa cultura, podem não ser capazes de manipular com a mesma expertise as práticas que os sujeitos nascidos no grupo (dominante) que é reconhecido e legitimado como portador (legítimo) daquela cultura escolar (prop. 3.3.2.3.1).
            O currículo escolar promove o ensino de uma parcela da cultura do grupo dominante. No sistema escolar a cultura dominante é rearranjada por retalhos culturais propícios ao domínio prático, insuficiente, embora necessário, para o domínio simbólico esperado dos estudantes pela escola e seus avaliadores.
Assim, o domínio simbólico a ser realizado com excelência pelos agentes será mais ou menos prejudicado em decorrência da distância do domínio prático entre o trabalho pedagógico secundário oferecido pela escola e sua primeira educação, tipicamente familiar (prop. 3.3.2, 3.3.3.1, 3.3.3.3 e 3.3.3.4). A escola mostra-se, nestes termos, desencorajadora de culturas ilegítimas (prop. 3.2.2.1.2, 3.2.2.1.3 e 3.3.1.1), prometendo, inclusive, através de uma reeducação de alguns alunos sua salvação cultural.[5]
            A cultura permite ao grupo pensar logicamente através das mesmas categorias, estabelecendo lugares comuns para ocorrência da comunicação. A cultura dominante, portanto, cria esse lugar comum no qual o dominando é capaz de apreciar e compreender os constructos lógicos de seus dominantes, incorporando-os a sua prática, fazendo da cultura desse outro lugar a sua própria. O sujeito dominado produz e reproduz as regras desse lugar novo de forma que o dominado contribui com a própria dominação[6]. A cultura surge então como forma de dominação para Bourdieu.
            A noção de cultura, já muito confundida com sociedade, principalmente quando a delimitação da cultura como objeto de pesquisa ainda está em construção entre os antropólogos no começo do século 20 (ou mesmo depois de notáveis revisões e trabalhos notórios na antropologia)[7], encontra em Bourdieu locais bem delimitados, uma separação adequada e de rara confusão, assim julgo. A sociedade, conjunto de grupos sociais posicionados desigualmente num campo social, possui culturas diversificadas, as quais podem ser caracterizadas por legítimas e ilegítimas, criadas dentro de condições sociais e históricas específicas para a produção de sua significação (prop. 1.2.2). Dito isto, uma mesma sociedade tende a funcionar, para Bourdieu, como uma arena de combate entre grupos e classes pela definição e imposição da cultura legítima, a consagrar a sua própria cultura como a única cultura possível (prop. 3.2.2.1).
            Interessante é perceber como a cultura incorporada, mediante trabalho pedagógico ou trabalho escolar, contribui para a criação de um habitus (prop. 3.1), cuja natureza das práticas estão presentes nos trabalhos de Bourdieu demasiado vinculado ao corpo, e, para isso, poderíamos nos perguntar se este recurso conceitual de cultura remonta à França iluminista e sua materialidade ou, por outro lado, poderia ser a incorporação de um espírito (o geist da tradição alemã) dos pensamentos dominantes, da cultura na sua forma imaterial.
            As formas de aquisição do capital cultural responderiam este impasse[8]. Num primeiro momento, sua acumulação se deve à incorporação pessoal via socialização de experiências externas ao indivíduo, que pela inserção de um corpo vivente a essas experiências se apropria delas para ser seu capital mais íntimo. Estas experiências incorporadas contribuem para a decifração da cultura objetivada e do desenvolvimento do gosto pessoal (socialmente formado). Portanto, como numa fusão das tradições francesa e alemã, o capital cultural acontece na relação entre sua forma incorporada e objetivada, ou, dito de outra forma, do encontro do espírito humano com a matéria.
            A cultura depende da relação criada entre um corpo, dotado de um habitus, e o meio a partir do qual apreende, ou ainda, somatiza os sentidos dado por outros seres viventes. É neste sentido dado que se inicia a violência simbólica, impondo sua força eminentemente simbólica à relação, tornando-a relação de forças para a incorporação do sentido que sustenta as práticas e entendimento culturais do mundo (prop. 0). A cultura assemelha-se a uma força cuja aprendizagem perdura sem que seja necessário reafirmar constantemente o comportamento desejado, de modo que o corpo educado é capaz de agir aos comandos prévios sem que haja alguém para mandá-lo, fazendo parecer um ato voluntário, de sua própria vontade (prop. 2.3.2.1 e 3.2.2).
            Nesse jogo de aceitação entre o dominado e a cultura dominante, não é somente a cultura que age sobre o agente. Ele mesmo é capaz de usá-la para seus projetos pessoais de forma que não será necessário apreender todo tipo de cultura dominante, apenas aquelas cujo valor é rentável num determinado campo (prop. 2.1.1.2).
            De toda forma, o valor atribuído ao dado cultural em questão está mais na afirmação da instituição escolar sobre a importância dessa cultura apresentada como cultura desinteressada[9], daí cultura universal. A escola detém, nesta lógica, o conhecimento em sua forma erudita, objetiva, pertencente a todos, enquanto a cultura popular, dotada de subjetividade e particularidade, não se apresenta como lugar comum, como se impedisse qualquer comunicação que exige o ato educativo.
            Feito o trabalho de inculcação da diferenciação entre a alta cultura e a baixa cultura (erudita e popular, respectivamente), através do poder da instituição escolar de ensino de dissimular o arbitrário cultural enquanto tal e criar suas próprias condições de reprodução necessárias para o exercício de sua função, ela aparenta a neutralidade (prop. 4.1.2 e 4.2). Sem nunca ter-se aproximado verdadeiramente dessa alta cultura, o dominado chega a imaginar que é nativo dela, visto que a escola proporcionou essa aproximação, entretanto, sofre um atraso cultural causado pela não sincronicidade entre o arbitrário aprendido e as transformações sofridas em seu grupo original (prop. 4.1.2.1).
            Sem mencionar a quantidade de alunos eliminados com o exame escolar ou antes dele (entre a conclusão de um nível e o ingresso no próximo), os quais servem para confirmar que
As diferentes trilhas e os diferentes estabelecimentos [liceus e escolas modernas, por exemplo] atraem muito desigualmente os alunos das diferentes classes sociais em função de seu êxito escolar anterior e das distinções sociais, diferenciadas segundo as classes, tipos de estudos de estabelecimentos, compreende-se que os diferentes tipos de curriculum asseguram oportunidades muito desiguais de se atingir o êxito no ensino superior.[10]

            Desta forma, a escola apresenta diferentes currículos para diferentes estabelecimentos escolares, indicando diferenças entre as culturas ensinadas (ainda fragmentada e impondo sua força de violência simbólica), contribuindo para modificar as esperanças subjetivas dos alunos com relação à escola a partir de sua relação com a classe social de origem.[11]
            Apesar de todo o estudo e dedicação consagrados a essa cultura, o encontro com um verdadeiro nativo, nascido na cultura dominante, parecerá obra do dom em razão da naturalidade, destreza e originalidade que seu habitus lhe proporciona, por exemplo, no uso da língua materna. Não é para menos que o uso da linguagem pode ser atrelado ao estado do ser humano cultivado, daquele que se apresenta com desenvoltura, brilhantismo e carisma pessoal em sua oratória, como no caso dos professores dos liceus, segundo Bourdieu e Passeron.          
            A reprodução cultural da cultura dominante pela instituição escolar se deve ao seu alto valor no mercado profissional, como demonstrado no gráfico Estrutura de Diferentes Públicos Escolares Segundo a Profissão do Pai[12] e no Gráfico Num. 2[13]. A instrução decorrente do diploma escolar é tanto mais valorizada pela família quanto maior sua importância no mercado de profissões, o que leva essas mesmas famílias a apreciar e se importar com a educação escolar dos filhos quanto mais sua (alta) formação escolar é exigida por esse mercado e necessária para manter sua posição social ou superá-la. Pode-se falar, portanto, na existência de um mercado escolar (prop. 2.3.1.2) regulando diferentes valores para diferentes práticas culturais.

            



       O valor do capital cultural justifica-se também nesta relação com o mercado. Não sendo todas as culturas (e práticas geradas a partir delas) a apresentarem o mesmo rendimento nos mercados econômico e simbólico, apenas algumas cumprirão a função de aproximar a educação familiar (trabalho pedagógico primário) da educação oferecida pela escola (trabalho pedagógico secundário) (prop. 3.3.1 e 3.3.1.2). Estarão melhores posicionados nos sistemas avaliativos aqueles que já foram previamente iniciados na cultura escolar (detém algum conhecimento escolar; nem tudo o que se aprende na escola é novidade, apenas continuação da educação familiar) (prop. 3.3.1.3), ou ainda, aqueles com disposições escolarizadas, dotados de um habitus escolar (estão familiarizados com as técnicas de escrita, como segurar o lápis, por exemplo) (prop. 3.3.2.1 e 3.3.2.3).


         
          Sendo assim, Bourdieu oferece alternativas para pensar a cultura como forma de dominação devido a existência de classes sociais numa mesma sociedade procurando impor seu ponto de vista aos demais, homogeneizando e reduzindo as práticas culturais apenas àquelas socialmente aceitas (pela visão de mundo dominante), ainda que seja necessário a existência de práticas ilegítimas para justificar o uso das ditas legítimas.
            Se as culturas possuem elementos, traços ou padrões que nos permita compará-las, não é a preocupação maior de Bourdieu, e se pudéssemos fazê-lo seria na comparação entre as forças exprimidas nas práticas que contribuem para a reprodução da cultura legítima, ou seja, o habitus servindo de mediação entre a estrutura e as práticas necessárias para reproduzir a estrutura a partir de sua incorporação, práticas altamente valorizadas (simbólica e economicamente) pelo mercado escolar e incumbidas ao sistema escolar de reproduzi-las como cultura legítima.
            A cultura pode ser definida a partir de duas situações de observação: é aquilo que os portadores do habitus compreendem como cultura (perspectiva do agente no campo); ou será toda prática que gera um sentido possível de ser partilhado pelos agentes produtores da práxis (perspectiva do cientista social).
            Estas análises tão demoradas sobre os jogos sociais de poder, levados a cabo por Bourdieu em grande parte de sua produção (se não toda ela), podem levar ao equívoco de pensá-lo como alguém que utiliza a cultura apenas num sentido reprodutivista ou mesmo como um grande pessimista da razão (a competição pela definição do que é cultura é inevitável, o habitus é irreversível[14]), sem espaço para diagnósticos mais felizes acerca de paradigmas mais democráticos para as culturas.           Para todos os efeitos Bourdieu já respondeu estas questões em entrevista ao dizer

Quando você diz as coisas são assim, pensam que você está dizendo as coisas devem ser assim, ou é bom que as coisas sejam dessa forma , ou ainda o contrário, as coisas não devem ser assim. [...] Não digo que conserva [a escola], reproduz; digo contribui para conservar.[15]

            Este outro paradigma seria possível na impossibilidade da escola valer-se de seu monopólio sobre a violência simbólica para reproduzir as hierarquias nas relações sociais como hierarquias das relações escolares sob o discurso dissimulado de cumprir sua função de formação e seleção técnica sancionada pela obtenção do diploma escolar, visto que o sistema escolar incumbe-se, pela ação pedagógica, de realizar a lógica de reproduzir a estrutura de relações de classes nas relações escolares pela distribuição desigual de capital cultural e posterior eliminação dos alunos menos hábeis a dominar simbolicamente as práticas culturais dos grupos dominantes, valendo-se, ainda, de um controle do êxito de classes menos favorecidas para fazer crer que a cultura particular é de fato cultura geral, omitindo as forças simbólicas do arbitrário cultural que culminam no reconhecimento da cultura dominante como cultura legítima. Este diagnóstico bourdieusiano explica a dominação simbólica valendo-se das instituições escolares como possuidoras de um papel importante no sistema de reprodução da cultura dominante, dissimulando o conhecimento dos agentes sobre suas posições de dominados e dominantes no campo.




[1] Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron. A Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Petrópolis, Vozes. 2008.
[2] Os postulados ou proposições do Livro 1 de A Reprodução serão mencionados durante o texto para delimitar bem o interesse da argumentação.
[3] Cf. Denys Cuche. A noção de cultura nas ciências sociais. 2ª ed. Bauru, EDUSC. 2002.
[4] Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron. La Reproducción: elementos para una teoria del sistema de enseñanza. Distribuiciones Fontamara, S.A. 1996. P. 119. Para mais gráficos ver Capítulo 1 do Livro 2.
[5] Pierre Bourdieu. A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In: Maria Alice Nogueira; Afrânio Catani (orgs.). Pierre Bourdieu: Escritos de Educação. Petrópolis: Vozes. 2008. P. 39-64.
[6] C.f. Pierre Bourdieu. Estructuras sociales y estructuras mentales. In: La nobleza de estado: educación de elite y espíritu de cuerpo. Buenos Aires, Siglo veintiuno. 2013. P. 13-22.
[7] Ver Adam Kuper. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, EDUSC. 2002. Ver Também Denys Cuche. A noção de cultura nas ciências sociais. 2002. Principalmente o segundo capítulo de ambas as obras.
[8] C.f. Pierre Bourdieu. Os três estados do capital cultural. In: Escritos de Educação. Petrópolis, Vozes. 2007. P. 71-79.
[9] C.f. Pierre Bourdieu. Sistemas de ensino e sistemas de pensamento. In: A economia das trocas simbólicas. São Paulo, Perspectiva. 2007. P. 203-229.
[10] Pierre Bourdieu; Jean-Claude Passeron. A Reprodução. 2014. P. 139.
[11] C.f. Pierre Bourdieu. Reprodução social e reprodução cultural. In: A economia das trocas simbólicas. São Paulo, Perspectiva. 2007. Podemos perceber melhor este argumento neste texto visto a quantidade de estatísticas que comprovam a forte relação dos filhos com a herança do capital paterno.
[12] Pierre Bourdieu; Jean-Claude Passeron. Reprodução social e reprodução cultural. 2007. P. 309.
[13] Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron. La Reproducción. 1996. P. 141.
[14] Conforme proposição 3.3. Para uma construção mais móvel e flexível do conceito de habitus ver Loic Wacquant. Esclarecer o habitus. Educação&Linguagem, ano 10, n.16, p. 63-71, jul-dez 2007.
[15] Maria Andréa Loyola apud Nadia Gaiofatto Gonçalves. Apresentação. In: Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron. A Reprodução. 2014. P. 14.